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O Brasil Africano

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Em nossa postagem sobre o Brasil Colônia, onde falamos sobre a chegada dos portugueses no Brasil, a primeira mão de obra que aqui existiu foi a indígena, mas isso durou pouco tempo. Pois logo o portugueses iniciaram o tráfico negreiro em nosso país, uma triste história do povo africano.


Já sabemos que a principal atividade econômica do Brasil após a chegada dos portugueses era a extração do pau-brasil. Isso durou até aproximadamente 1530, quando Martim Afonso aqui aportou a fim de colonizar o território.


Com essa expedição, chegou aqui também a cana-de-açúcar. Os indígenas foram os primeiros escravizados dos colonizadores, mas era um povo que não estava acostumado ao trabalho intenso. Ou acabavam morrendo de exaustão, ou mesmo pelas doenças que os europeus trouxeram com sua chegada. Muitos dos índios fugiram para o interior na tentativa de escapar dos portugueses. E conseguiam, já que para os indígenas, o território era completamente familiar. Diferente dos portugueses, que não possuíam a mesma facilidade em se embrenhar mata adentro.


Como os portugueses já estavam habituados com a escravidão, pois essa era uma prática adotada já do outro lado do Atlântico, com toda essa dificuldade com os indígenas, o jeito foi trazer a prática para o Novo Mundo.

Assim, a coroa Portuguesa passou a lucrar duplamente: com a exploração dos negros africanos escravizados e com a produção de cana-de-açúcar.


A Igreja Católica possuía uma vasta soberania sobre muitos africanos escravizados na ideia de evangelizá-los, por isso, não se opôs à escravização que Portugal impunha a esse povo.

Fora que, naquela época, o povo negro, já muito sofrido pela segregação que sofria, ainda não eram vistos como pessoas, seres humanos, e sim, como coisas, objetos, e por isso, poderiam ser escravizados, pois a corte europeia estava completamente de acordo.

Infelizmente, essa segregação continua até os dias de hoje, pois tudo isso, gerou na mente dos europeus e, portanto, brancos, que o povo negro seria inferior. O que sabemos que não é verdade, mas ainda hoje conhecemos muitos e muitos casos de racismo contra o povo negro em vários países, inclusive no nosso.


Mas voltando à economia do país, na época.


Lembrando que um dos objetivos da plantação era evitar que houvesse invasões por parte de outras nações, pois na cabeça dos colonizadores, se houvesse algum cultivo aqui, eles poderiam dizer efetivamente que aquele território era mesmo deles. Além disso, povoar estava dentro de outras medidas da colonização. Era preciso ser breve, pois holandeses e franceses estavam rondando o território.

A atividade açucareira passou a ser muito lucrativa e, somente com a mão de obra indígena, era impossível de conseguir ampliar seus lucros. A mão-de-obra europeia nem era cogitada na época e, por isso, iniciaram o tráfico negreiro para o Brasil.


Vale ressaltar que a escravidão em si, não se iniciou com a colonização portuguesa não. Já há relatos que na Mesopotâmia, em pleno ano 3500 a.C. essa prática já acontecia. Claro que em outros moldes e isso é conteúdo para outro vídeo. Se quiser conhecer esse tipo de escravização, deixe um comentário abaixo me avisando que logo que possível, farei um vídeo a respeito.


A travessia dos negros escravizados da África para o Brasil era feita em navios conhecidos como tumbeiros - que vem de tumba - já que havia uma grande taxa de mortalidade entre os transportados durante a viagem. 

Não havia a mínima condição de higiene e alimentação.

Dos sobreviventes, quando aqui chegavam, já se encontravam em péssimas condições de saúde.

A doença que mais se alastrava entre o povo escravizado da época era o escorbuto. Causada pela deficiência de vitamina C.

Alimentavam-se, na maioria das vezes, uma única vez por dia e nem sempre bebiam água potável.

Sendo que nem é preciso mencionar que não havia nenhum tipo de medida sanitária. Ficavam em porões úmidos, escuros e ali mesmo realizavam suas necessidades fisiológicas. Ainda contavam com mais companheiros de viagens, os ratos


Para ter ideia do quão lucrativo era esse comércio, que o dono do escravo, levava de 1 ano e 6 meses à 2 anos e meio de trabalho para recuperar o valor gasto com 1 escravo. E claro, quem trabalhava duro para essa recuperação era o próprio escravizado.


Somente em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós é que o tráfico de escravos foi proibido.
Falo sobre isso no vídeo que coloquei no youtube chamado Os ingleses e o fim do tráfico dos escravizados.



Estima-se que mais de 4 milhões de africanos tenham desembarcado no Brasil entre 1550 e 1850, trazidos à força de seu continente, de regiões onde hoje estão Angola, Benin, Congo, Costa do Marfim, Guiné, Mali e Moçambique.


Eram povos que vinham de diversos locais da África, com línguas, religiões, habilidades e costumes distintos. O que dificultava para os negros, pois nem sempre falavam a mesma língua e, às vezes, eram até de tribos rivais.


Isso foi estrategicamente pensado pelos portugueses da época, pois assim dificultava as possibilidades de organizações de grupos de fuga e movimentos de resistência.
Amigos e parentes eram separados já no embarque dos negros.

Apesar de que, os negros acabavam se aproximando de outros, dentro dos navios para amenizar a dor da separação. Ali, estavam literalmente todos no mesmo barco. Costumavam se chamar de MALUNGOS, na tradução: “Companheiros de viagem” ou “Companheiros de sofrimento”.


Essa união foi fundamental para que, mesmo fora da África, pudessem manter sua cultura viva no Brasil.


Nos dias de hoje, muito da cultura africana ainda vive por aqui, por exemplo:

As religiões: como a umbanda e o candomblé.
Na culinária, temos o acarajé, o vatapá, o caruru, o cuscuz, o angu

Muitos ritmos musicais ocidentais originaram-se com base na música africana, como o samba, o axé e o maracatu;


Estou deixando um joguinho online para você aprender mais sobre esse conteúdo



Espero que tenha contribuído para seu conhecimento. Gratidão por chegar até aqui. Até o próximo vídeo e… Beijinhos da prô!





Brasil Colônia

 O Brasil colônia é o período que compreende os anos de 1530 a 1822.


Esse fato histórico foi iniciado com a primeira expedição realizada por Martim Afonso de Souza no litoral brasileiro em 1532, no Estado de São Paulo, fundando a vila de São Vicente.


Se estiver estudando esse conteúdo na escola, compartilhe nosso vídeo com grupo da sala, lembre-se, conhecimento a gente não guarda, compartilha.


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Eu sou a professora Dani Freitas e esse é o canal educando com amor.



Entre 1500 e 1530 é considerado o período do Brasil pré-colonial, também conhecido como ciclo do pau-brasil.


Nesse período, a primeira atividade econômica girava em torno da exploração do pau-brasil, existente em grande quantidade na costa brasileira, principalmente no nordeste do país.


Essa atividade consistia na extração da tinta da madeira para pintura de tecidos. 


Para conseguir a madeira, os portugueses davam aos índios várias quinquilharias, metais, espelhos, colares, entre outros.


Isso é chamado de escambo,  quando há uma negociação entre mercadorias ou serviços e que não há trocas de moedas.


Devemos ressaltar que a exploração predatória do pau-brasil fez com que as árvores próximas a costa desaparecessem já na década de 1520.


É bom lembrar também, que apesar da exploração do pau-brasil ser meramente extrativista e não dar origem a nenhuma ocupação efetiva,  Portugal enviou várias expedições ao Brasil visando conhecer toda Costa brasileira e combater os piratas e comerciantes franceses.


Mas agora vamos falar sobre o começo do Brasil colônia?


Com a chegada dos portugueses, Portugal acreditava que encontraria muito ouro na região, porém não foi o que aconteceu.


O que fez com que a coroa perdesse o interesse em explorar as terras.


Até que descobriu o pau-brasil.


Como mencionei anteriormente, foi uma atividade extrativista que não deu origem a nenhuma ocupação vinda de Portugal.


Porém, como a Espanha havia descoberto ouro na América, fez com que criasse uma expectativa da coroa portuguesa em encontrar o metal Dourado também em solo brasileiro.


Outras nações já estavam de olho em nossas terras e isso preocupava o rei português que enviou várias expedições entre 1500 e 1530 para combater as invasões, mas foi somente depois do rei da Espanha ter encontrado o ouro, que o rei português quis se aventurar colonizando as terras tupiniquins.


E então, tudo começou quando o rei de Portugal Dom João III encaminhou Martim Afonso de Souza, em 1530, para realizar uma expedição colonizadora no litoral brasileiro.


O trabalho de expedição de Martim Afonso se estendeu do litoral de Pernambuco até o Rio da Prata e ele fundou no litoral paulista a primeira vila do Brasil em 1532 denominada de vila de São Vicente, primeira povoação dotada de um engenho para produção de açúcar.


O cultivo da cana-de-açúcar se deu porque o próprio açúcar era um produto bastante procurado na Europa naquele momento.


O comércio na colônia respeitava a medida do pacto colonial que era o direito de exclusividade de comercialização entre colônia e metrópole, ou seja a colônia produzia a matéria-prima enviava para Portugal que vendia de volta para Colônia o açúcar produzido.


A princípio era utilizada a mão de obra escrava indígena, porém havia muita resistência por conta dos Índios, e os próprios Jesuítas condenavam essa prática. Foi então, que os donos de comércios escravizaram negros que vieram da África, uma prática em que os Jesuítas concordavam.


Para colonizar o Brasil e garantir a posse da terra, em 1534, A coroa portuguesa dividiu o território em 15 capitanias hereditárias.


Essas capitanias foram divisões que a coroa fez no território brasileiro da época, que seriam entregues à portugueses responsáveis pelo povoamento.


Esses portugueses eram chamados de donatários.


Apesar de terem a autoridade máxima na sua faixa de terra, não eram os proprietários, afinal a terra pertencia a coroa portuguesa.


A função do donatário era proteger, administrar, povoar o território, fundar vilas e desenvolver a economia local.

Para tanto, a coroa portuguesa não dava nenhuma ajuda financeira, mas por outro lado, ofertava alguns privilégios.


Os donatários poderiam:


  • Escravizar indígenas;


  • Explorar a região e usufruir de todos os seus recursos naturais: animais, vegetais e minerais. (Lembrando que precisavam entregar 10% de seus lucros como impostos à Coroa.)


  • Cobrar tributos e doar lotes de terra não cultivados, chamados de sesmaria


Para ficar claro, uma sesmaria era um lote de terreno da capitania que estava abandonado.


Essas capitanias se chamavam hereditárias porque passavam de pai para filho.


A estratégia das capitanias hereditárias não deu muito certo, durando apenas 16 anos no Brasil.


Pois, das 15 capitanias, apenas 2 foram para frente:  a de Pernambuco,  comandada por Duarte Coelho, responsável por introduzir o cultivo da cana de açúcar;


 E a de São Vicente, comandada por Martim Afonso de Sousa, graças ao tráfico de indígenas que realizavam naquelas terras.


Foi quando, em 1548, criou-se o governo geral.


Na verdade o verdadeiro objetivo de Portugal em criar esse governo geral era de reduzir o poder dos donatários e formar um comando geral para organizar a administração na colônia.


Por conta de sua localização, o atual Estado da Bahia foi selecionado como a sede do governo geral, já que o lugar era um ponto estratégico para estabelecer a comunicação com as outras capitanias brasileiras.

Os três primeiros governadores gerais foram:


  • Tomé de Souza

Primeiro governador-geral. Seu governo durou de 1549 a 1553 e recebeu do governo português, um conjunto de leis a serem aplicadas na colônia.


  • Duarte da Costa

Foi o segundo governador, seu governo durou de 1553 a 1558.


  • Mem de Sá

Terceiro governador-geral, que permaneceu no cargo de 1558 a 1572. 


Foi nessa administração que os franceses foram expulsos do Brasil.


O governo geral no Brasil Colônia contava com três auxiliares, ouvidor-mor, que era encarregado da justiça do governo, o provedor-mor, que era responsável pelo setor financeiro, e o capitão Mor, que cuidava da defesa do litoral.


A formação da sociedade do Brasil colônia era composta por três grandes grupos étnicos, o indígena, o negro africano, e o branco europeu, principalmente o português.

Dos portugueses que vieram para o Brasil,  pertenciam a várias classes sociais sendo que a sua maioria eram formadas por elementos da pequena nobreza e do povo.


Dentro do panteão indígena possuíam línguas e culturas distintas sendo que algumas tribos eram inimigas entre si, e isso era usado pelos europeus quando desejavam guerrear contra os portugueses.


Os negros africanos escravizados por sua vez, possuíam crenças, idiomas e valores distintos e não constituíam um povo homogêneo, o que facilitava o tráfico desse povo através do Oceano Atlântico


O ponto culminante do Brasil colônia era o engenho de cana-de-açúcar, assim o senhor da Casa grande concentrava em torno de si, grande quantidade de indivíduos e tinha uma autoridade máxima.


Ingleses, franceses e holandeses invadiram o país durante esse período, sendo que os holandeses chegaram em 1630. Mas foi em 1637 com a chegada de Maurício de Nassau que os holandeses dominaram Pernambuco e se estenderam por quase todo o nordeste brasileiro. 


Seu governo durou até 1644, mas os holandeses só foram expulsos em 1654.


Anos mais tarde aconteceu mais um ciclo no país, o ciclo do ouro e do diamante que foram responsáveis por mudanças profundas na vida dos colonos brasileiros com crescimento urbano e do comércio.



Porém como Portugal necessitava da renda brasileira passou a ter um controle mais rígido sobre arrecadação de impostos e as atividades econômicas, proibindo, inclusive, o comércio com estrangeiros.


 A partir de então o povo queria quebrar os vínculos com Portugal e muitas revoltas aconteceram ao longo dos anos como:


  • a revolta de Beckman, 

  • a guerra dos emboabas, 

  • A guerra dos mascates, 

  • a inconfidência mineira, 

  • a conjuração baiana.


Em 1815 o Brasil é elevado a categoria de Reino Unido deixando de ser uma colônia de Portugal e mais tarde, em 1822 ocorre a independência do Brasil.


Comente aqui embaixo qual das revoltas que aconteceram você gostaria de ver aqui no nosso canal.


Gratidão por chegar até aqui.


Até o próximo vídeo e…


Beijinhos da prô


Jornal Radiofônico

Jornal Radiofônico



Antes da era da televisão, o rádio era o principal meio de comunicação de notícias, além dos jornais impressos. Uma em cada três residências brasileiras tinha um aparelho de rádio. Este meio de comunicação ganhou popularidade, em parte, devido ao elevado índice de analfabetismo da época, que impedia muitos de lerem jornais, tornando o rádio a alternativa mais acessível para se manter informado.

A comunicação via rádio teve suas origens durante a Primeira Guerra Mundial, inicialmente como uma ferramenta para comunicação militar. Já no Brasil, a primeira transmissão de radiodifusão ocorreu em 7 de setembro de 1922, marcando o centenário da Independência do Brasil, embora tenha começado a operar efetivamente somente em 30 de abril de 1923.

Entretanto, foi durante a década de 1930, sob a gestão do Presidente Getúlio Vargas, que o rádio vivenciou sua "Era de Ouro". Nesse período, Vargas promoveu a massificação das transmissões governamentais, concedendo licenças a empresas privadas em troca da divulgação de conteúdo oficial. Além disso, programas governamentais obrigatórios, como "A hora do Brasil", que mais tarde se tornou "A Voz do Brasil", foram introduzidos. Para capturar a atenção dos ouvintes, as emissoras de rádio diversificaram sua programação com entretenimento, revelando grandes nomes da música brasileira, como Ari Barroso, Cauby Peixoto e Ângela Maria.

Na década de 1940, as radionovelas surgiram como uma forma pioneira de entretenimento auditivo, dada a ausência de recursos visuais. Desde então, o rádio manteve sua relevância, adaptando-se às novas tecnologias e permanecendo acessível em diversas plataformas, como carros, computadores e dispositivos móveis.

Apesar da evolução dos meios de comunicação, o jornalismo radiofônico continua sendo fundamental, privilegiando uma linguagem coloquial e acessível, crucial para garantir a compreensão imediata do ouvinte. Diferente do jornalismo televisivo, que conta com o apoio de imagens, o jornalismo no rádio depende da habilidade do locutor em usar a voz de maneira envolvente para reter a atenção da audiência, com notícias que sejam concisas e diretas, essenciais para manter o público sintonizado. 

Habilidade BNCC: 

EF04LP17 - Produzir jornais raiofônicos ou televisivos e entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista.

EF05LP16 - Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.


Baixe este texto em pdf, clicando em 👉Jornal Radiofônico


Em nosso canal do Youtube, temos um vídeo, onde você, professor, poderá utlizar em suas aulas




Deixarei agora 2 exemplos de notícias. Uma de um jornal veiculado na internet e outra veiculada em uma rádio.

Vamos ouvir a notícia do rádio primeiro. Clique abaixo para ouví-la.



Agora, preste atenção em uma notícia veiculada na internet. Clique no botão abaixo para acompanhar a notícia:


Agora, perceba que a notícia impressa traz muito mais informações do que a radiofônica, pois esta forma de veiculação a pessoa poderá ler quantas vezes quiser, já na radiofônica só poderá ouvir uma única vez.

 

Espero poder ter ajudado, gratidão por chegar até aqui, até a próxima e… beijinhos da prô!!!!


Texto reescrito através da IA no dia 09/05/2024





Fontes pesquisadas:

https://www.abert.org.br/web/index.php/notmenu/item/23526-historia-do-radio-no-brasil <acesso em 20/05/2021 às 13h08>


https://economia.estadao.com.br/blogs/ethevaldo-siqueira/o-radio-antes-e-depois-da-tv/ <acesso em 20/05/2021 às 13h06>


http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/noticias/interna/587  <acesso em 20/05/2021 às 13h02>


https://www.ipv.pt/forumedia/4/16.htm <acesso em 20/05/2021 às 13h00>


https://pt.wikipedia.org/wiki/Edi%C3%A7%C3%A3o_radiof%C3%B4nica#:~:text=Edi%C3%A7%C3%A3o%20radiof%C3%B4nica%20%C3%A9%20a%20forma,em%20%22Manual%20de%20Radiojornalismo%22. <acesso em 20/05/2021 às 12h55>

file:///C:/Users/pc/Downloads/1-organização-do-texto-radiofônico-coesao-e-coerencia.pdf


noticia radiofônica: https://redenacionalderadio.com.br/programas/e-noticia-em-2-minutos/14-05-20-e-noticia-em-2-mim-ana-pimenta-finalizado.mp3/view <acesso em 20/05/2021 às 13h35>


notícia na internet: 

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/05/14/butantan-entrega-11-milhao-de-doses-da-coronavac-ao-ministerio-da-saude-e-paralisa-producao-da-vacina-por-falta-de-materia-prima.ghtml <acesso em 20/05/2021 às 13h45>


O tamanho da gente

 Fiz esse vídeo com muito carinho, espero que gostem.





A roupa nova do Imperador

 

 Há muito, muito tempo, vivia em um reino distante um imperador vaidosíssimo.

Seu único interesse eram as roupas. Pensava apenas em trocar de roupas, várias vezes ao dia; desfilava vestes belíssimas, luxuosas e muito caras para a corte.

Um belo dia, chegaram à capital do reino dois pilantras, muito habilidosos em viver às custas do próximo.

Assim que os dois souberam da fraqueza do imperador por belas roupas, espalharam a notícia de que eles eram especialistas em tecer um pano único no mundo, de cores e padrões deslumbrantes. E — o mais impressionante, segundo eles: as roupas confeccionadas com aquele tecido tinham o poder de serem invisíveis para as pessoas tolas, ou que ocupassem um cargo sem merecê-lo.

O imperador logo se entusiasmou com a ideia de ter roupas não só bonitas, mas também úteis para desmascarar os bobos e os que não mereciam cargos na corte. E tratou de mandar chamar tão habilidosos tecelões.

— Ponham-se logo a meu serviço. Quero uma roupa sob medida, a mais linda que já tenham feito.

— Majestade, necessitamos de uma sala, de um tear, de fios de seda e de ouro e, principalmente, de que ninguém nos incomode.

Foram logo atendidos. Uma hora depois estavam diante do tear, fingindo tecer sem parar. E assim continuaram por muitos dias, pedindo cada vez mais seda, mais ouro… e mais dinheiro, é claro!

O imperador estava curioso e um dia resolveu enviar seu velho primeiro-ministro para inspecionar a obra dos tecelões.

“É ele um ministro sábio e fiel”, pensou o rei. “Com certeza, conseguirá ver esse tecido tão extraordinário e nada me esconderá.”

Mas, quando o velho ministro chegou em frente ao tear, nada viu. Preocupou-se. Ficou em dúvida.

— Mas isso não significa que eu não seja digno do cargo que ocupo — disse a si mesmo, aflito.

Aos tecelões, porém, que lhe perguntavam com insistência se o padrão do tecido era de seu agrado, se as cores se harmonizavam, ele respondeu entusiasmado:

— Mas claro! É magnífico. Nunca vi coisa igual.

O ministro levou ao conhecimento do imperador os progressos da confecção e, por precaução elogiou o extraordinário bom gosto dos dois profissionais. Por nada neste mundo admitiria ter olhado para um tear vazio.

Na cidade já não se falava em outra coisa, senão da nova roupa do imperador e de seus poderes mágicos. Dizia-se que custaria uma fortuna, mas que bem valia o preço: poderia desmascarar ministros e secretários!

Na corte, em compensação, muitos impostores e aproveitadores do cofre do reino não dormiam tranquilos e aguardavam com temor o momento em que o imperador iria, enfim, vestir a tão famosa e denunciadora roupa.

Transcorreram mais cinco ou seis dias, e o imperador, que não aguentava mais esperar, resolveu ir em pessoa visitar os tecelões.

Com uma comitiva de guardas e escudeiros, e acompanhado por seu fiel primeiro-ministro, que tremia de medo, foi ver o trabalho dos dois impostores, sendo recebido com enorme solenidade e muitas explicações.

— Nunca teríamos ousado esperar tanto, Majestade.

Sua visita e sua satisfação são o maior reconhecimento ao nosso trabalho… Aprovando Vossa Majestade nosso humilde trabalho, ficaremos extremamente lisonjeados. Será muita honra. Após tanta bajulação, o imperador e sua comitiva foram conduzidos à sala do tear.

— Majestade, observe a extraordinária beleza e perfeição do desenho — disse o velho ministro com voz trêmula.

O imperador permanecia calado: estava assombrado!

Ele não via nada, apenas o tear vazio, totalmente vazio! Isto queria dizer que era um bobo, ou não era digno de ser imperador.

“Coitado de mim!”, pensou. “Nada poderia ser pior, tenho que dar um jeito para não descobrirem a verdade.”

Resolveu reagir e afastar o perigo de um possível desmascaramento. Aproximou-se do tear, segurando seu monóculo, fingindo admirar o tecido invisível.

— Hein?… Sim, é claro… É realmente uma beleza.

Um trabalho e tanto. E a comitiva toda fez um coro de elogios e mais elogios.

Nenhum membro do séquito iria confessar não estar vendo nada de nada, pois ninguém queria passar por tonto, ou ser considerado indigno do cargo que ocupava.

Os espertos tecelões sorriam, satisfeitos. O temor dos poderosos representava mais seda, mais ouro e mais dinheiro.

— Vossa Majestade, então, aprova o nosso trabalho?

— perguntaram eles, com malícia e ironia.

O imperador disse que estava satisfeito e, para demonstrar seu reconhecimento, presenteou os dois pilantras com um saco cheio de ouro.

Mas continuava preocupado e perplexo. Seria indigna sua realeza? Seria ele um incompetente?

— Majestade — falou o primeiro-ministro. — Por que com esse tecido não manda confeccionar uma roupa especial para o torneio do próximo domingo?

— Sim, sim, claro — resmungou o imperador.— Estou mesmo querendo uma roupa nova para o torneio.

Foi dada nova incumbência aos tecelões, que pegaram a fita métrica e tiraram as medidas do rei, fingindo entender do ofício.

— A cauda, Majestade, deverá ser muito longa?

— Claro que sim, muito comprida. Arrastando-se por metros atrás de mim.

— E o laço? Prefere de veludo ou de cetim?

— Podem sugerir, confio no gosto de vocês.

O imperador voltou ao palácio transformado, e os dois impostores continuaram a trabalhar na frente do tear vazio.

Nem sequer pararam durante a noite. Empenhados na farsa, trabalhavam à luz de vela.

Alguém que, por curiosidade, foi espiar por uma fresta da porta, viu-os atarefados, cortando o ar com uma grande tesoura e costurando com uma agulha sem linha.

Dois dias depois, na manhã do domingo, os tecelões se apresentaram na corte, levando a roupa para o torneio.

Mantinham os braços levantados, como se estivessem segurando algo muito delicado e volumoso. Ninguém via nada — pois nada havia para ser visto —, mas ninguém, também, ousou confessar. Quem assumiria ser tolo ou incompetente?

Os dois charlatões correram ao encontro do imperador, assim que este apareceu na porta do salão.

— Vossa Majestade gostaria de vestir suas roupas novas agora? — perguntou, irônico, o primeiro.

O imperador disse que queria vesti-las logo. Foi para a frente de um grande espelho e tirou as roupas que vestia.

Os tecelões fingiram entregar ao imperador primeiro a túnica, depois a calça e, enfim a capa com sua longa cauda.

O imperador, meio despido, sentia muito frio. Até espirrou, mas não podia nem pensar em perguntar se continuava em trajes íntimos.

— Não é um pouco leve demais este tecido? — arriscou.

— Majestade, a leveza é uma de suas qualidades mais apreciadas. Nem uma aranha poderia tecer uma teia tão impalpável, apesar de termos empregado muitos fios de ouro.

E o imperador se convenceu de que estava vestindo uma roupa fabulosa, embora o espelho refletisse apenas a imagem de um homem de cueca e camiseta.

Em volta dele, os cortesãos se desmanchavam em elogios à nova roupa. Finalmente, a toalete terminou: tomara banho, perfumara-se, penteara-se e vestira a tão falada roupa.

No pátio do palácio já estavam a postos quatro soldados em trajes de gala, segurando um dossel sob o qual o imperador se protegeria até a praça dos torneios.

— Vossa Majestade está pronta? A roupa é do seu agrado? — Perguntou um dos charlatões.

— Não deseja mais nenhuma mudança? — Perguntou o outro trapaceiro.

O imperador deu mais uma olhada no espelho, perplexo e desconfiado, e respondeu:

— Claro. Podemos ir.

Os criados de quarto ficaram fingindo recolher do chão a cauda do manto real, os soldados seguraram bem alto o dossel, e o cortejo começou a caminhar.

Ao longo das ruas uma multidão estava à espera do cortejo, a fim de admirar as fabulosas roupas do imperador.

Nas janelas e nas sacadas os curiosos se espremiam, e os comentários eram intermináveis.

— É a roupa mais linda de todo o guarda-roupa imperial.

— Que luxo, que elegância!

Naturalmente, ninguém via a roupa tão comentada, mas não iria confessar isso, pois correria o risco de passar por bobo ou incompetente.

O cortejo já tinha atravessado meia cidade, chegando próximo à praça dos torneios.

De repente, um menininho que conseguira um lugar bem na frente, gritou, desapontado:

— O imperador não está vestido. Como é ridículo, assim quase pelado! Cadê as roupas novas?

Muitos o escutaram, alguém repetiu o comentário.

— Um garotinho está gritando que o imperador está sem roupas…

— Oh! E a voz da inocência! Criança diz tudo que vê.

As palavras, primeiro murmuradas, aumentaram de volume e agora eram ditas aos brados pela gente do povo, que ria até não poder mais.

O imperador escutou e ficou corado como um tomate, pois a cada passo que dava, se convencia de que aquela gente tinha razão e que ele tinha sido redondamente enganado e que, na verdade a tão elogiada roupa não existia. Mas, e agora?

Faria o quê?

Continuou a caminhar, todo orgulhoso, como se nada de estranho ocorresse, acompanhado pelas gargalhadas cada vez mais intensas de seus súditos.

Os dois charlatões nunca mais foram vistos. Fugiram com todo o ouro, e o imperador aprendeu que a vaidade é a pior inimiga do reino.