A PROPÓSITO DE SER PROFESSOR
JÔ SOARES, A PROPÓSITO DE SER PROFESSOR…
O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de “barriga cheia”.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um “Adesivo”.
Precisa faltar, é um “turista”.
Conversa com os outros professores, está “malhando” nos alunos..
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve pouco, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a “língua” do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou “água-benta”.
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de “barriga cheia”.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um “Adesivo”.
Precisa faltar, é um “turista”.
Conversa com os outros professores, está “malhando” nos alunos..
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve pouco, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a “língua” do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou “água-benta”.
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.
O dia em que eu mordi Jesus Cristo
E todos os meus amigos já tinham feito a primeira comunhão, menos eu.
Então me deu uma vontade danada de fazer primeira comunhão. Eu nem sabia direito o que era isso, mas falei pra minha mãe e pro meu pai e eles acharam que até podia ser bom, que eu andava muito lavada e coisa e tal, e me arranjaram uma tal de aula de catecismo, que era na igreja.
Aí eu não gostei muito, que todo sábado de manhã, enquanto meus amigos ficavam brincando na rua, eu tinha que ir na tal aula. Eu ia, né, e aí eu arranjei uns amigos e tinha uma menina boazinha que vinha me buscar que ela também ia na aula e a gente ia pra igreja rindo de tudo que a gente via.
E na aula a gente aprendia uma porção de coisas, e tinha uma que eu achava engraçada e que era uma rezinha bem curtinha, que se chamava jaculatória. Eu achava esse nome meio feio, sei lá, me lembrava alguma coisa esquisita...
E o padre uma vez mostrou pra gente um livrão, que tinha uma figura com o inferno e uma porção de gente se danando lá dentro.
E a gente tinha que aprender a rezar a Ave-Maria e o Padre-Nosso e o Creindeuspadre.
E tinha um tal de ato de contrição, e uma tal de ladainha, que a gente morria de rir.
E aí a gente começou a aprender como é que se confessava, que tinha que dizer todos os pecados pro padre e eu perguntava pro padre o que era pecado e ele parece que nem sabia direito.
Quando eu chegava em casa e contava essas coisas, meu pai e minha mãe meio que achavam graça e eu comecei a achar que esse negócio de primeira comunhão era meio engraçado...
E aí o padre começou a explicar pra gente como era a comunhão e que a gente ia comer o corpo de Cristo, que na hora da missa aquela bolachinha chamada hóstia vira o corpo de Cristo.
Eu estava muito animada era com o meu vestido novo, que era branco e era cheio de babados e rendas, e na cabeça eu ia botar um véu, que nem a minha avó na missa, só que o meu era branco e mais parecia uma roupa de noiva.
E eu ganhei um livro de missa lindo, todo de madrepérola, e um terço que eu nem sabia usar, minha mãe disse que antigamente as pessoas rezavam terço, mas que agora não se usava mais...
E o dia da comunhão estava chegando e a minha mãe preparou um lanche, ia ter chocolate e bolo e uma porção de coisas, que a gente ia voltar bem depressa da igreja, que quem ia comungar não ia poder comer antes da missa. E era só eu que ia comungar.
E eu perguntei pra minha mãe por que é que ela nunca comungava e ela disse que um dia desses ela ia.
E eu perguntei por que é que o meu pai nunca ia na igreja e ele disse que um dia desses ele ia.
E aí chegou a véspera da minha comunhão e eu tive de ir confessar. E eu morri de medo de errar o tal ato de contrição e na hora que eu fui confessar mandaram eu ficar de um lado do confessionário, que é uma casinha com uma janelinha de grade de cada lado e um lugar de cada lado para ajoelhar, e o padre fica lá dentro.
Eu ajoelhei onde me mandaram e aí eu ouvia tudo que a menina do outro lado estava dizendo pro padre e era que ela tinha desobedecido a mãe dela e o padre mandou rezar vinte Ave-Marias.
Eu fiquei meio que achando que era pecado ouvir os pecados dos outros, mas como ninguém tinha falado nada pra mim eu fiquei quieta, e quando o padre veio pro meu lado eu fui logo falando o ato de contrição: eu pecador me confesso e o resto que vem depois.
E eu contei os meus pecados, que pra falar a verdade eu nem achava que eram pecados, mas foi assim que me ensinaram. E aí o padre disse uma coisa que eu não entendi e eu perguntei “o quê” e o padre disse "vai tirar o cera do ouvido”. E eu disse “posso ir embora?” e ele disse “vai, vai logo e reze vinte Ave-Marias”. E eu achei que ele nem tinha escutado o que eu disse e que ele que precisava tirar a cera do ouvido.
No dia seguinte eu botei o meu vestido branco e eu não comi nadinha, nem bebi água, e nem escovei os dentes, de medo de engolir uma aguinha.
E eu estava morrendo de medo, que todo mundo tinha dito que se a gente mordesse a hóstia saía sangue.
A igreja cheirava a lírio, que é um cheiro que até hoje eu acho enjoado.
As meninas e os meninos que iam fazer primeira comunhão ficavam lá na frente, nos primeiros bancos e davam pra gente uma vela pra segurar.
O padre foi rezando uma missa comprida que não acabava mais e às tantas chegou a hora da gente comungar e as meninas foram saindo dos bancos e foram indo lá pra frente e ajoelhando num degrau que tem perto de uma grade.
E o padre veio vindo com uma taça dourada na mão e ele tirava a hóstia lá de dentro e ia dando uma por uma para cada menina e menino.
Aí chegou a minha vez e abri bem a boca e fechei os olhos que nem eu vi as outras crianças fazerem e o padre botou a hóstia na minha língua. Eu não sabia o que fazer, que morder não podia e a minha boca estava sequinha e a hóstia grudou no céu da boca eu empurrava com a língua e não desgrudava e enquanto isso eu tinha que levantar e voltar pro meu lugar que já tinha gente atrás de mim querendo ajoelhar.
E eu nem aprestei atenção e tropecei no vestido da Carminha e levei o maior tombo da minha vida.
É claro que eu fiquei morrendo de vergonha e eu levantei e nem prestei atenção se eu tinha machucado o joelho. O que estava me preocupando mesmo é que eu tinha dado a maior mordida na hóstia.
Eu estava sentindo tudo que é gosto na boca, que devia de estar saindo sangue da hóstia, mas não tinha coragem de pegar pra olhar.
Aí eu pensei assim: “se eu não olhar se saiu sangue agora, nunca mais na minha vida eu vou saber se é verdade essa história”.
Aí eu meti o dedo na boca e tirei um pedaço da hóstia, meio amassado, meio molhado. E estava branquinho que nem tinha entrado.
E foi assim que eu aprendi que quando as pessoas falam pra gente coisas que parecem besteira não é pra acreditar, que tem muita gente besta neste mundo!
O homem e a galinha, por Ruth Rocha
Era uma vez um homem que tinha uma galinha.
Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro.
O homem ficou contente. Chamou a mulher:
- Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente: – Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha.
Dava pão-de-ló, dava até sorvete.
E a galinha todos os dias botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo todo com a galinha?
Nunca vi galinha comer pão-de-ló…
Muito menos sorvete! Vai que a mulher falou:
- É, mas esta é diferente. Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
- Acaba com isso, mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim! – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha.
E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão!
A galinha pode muito bem comer milho.
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim. – respondeu o marido.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha.
E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo de dar milho pra galinha?
Ela que cate o de-comer no quintal!
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim – o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal.
Ela catava sozinha a comida dela.
Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão aberto.
Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.
Ruth Rocha, Enquanto o mundo pega fogo,2. ed.
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.p.14-9.
Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro.
O homem ficou contente. Chamou a mulher:
- Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente: – Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha.
Dava pão-de-ló, dava até sorvete.
E a galinha todos os dias botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo todo com a galinha?
Nunca vi galinha comer pão-de-ló…
Muito menos sorvete! Vai que a mulher falou:
- É, mas esta é diferente. Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
- Acaba com isso, mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim! – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha.
E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão!
A galinha pode muito bem comer milho.
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim. – respondeu o marido.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha.
E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo de dar milho pra galinha?
Ela que cate o de-comer no quintal!
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim – o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal.
Ela catava sozinha a comida dela.
Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão aberto.
Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.
Ruth Rocha, Enquanto o mundo pega fogo,2. ed.
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.p.14-9.
*COMO MALASARTE EVITOU QUE O MUNDO DESABASSE*
Vinha Pedro Malasarte viajando por uma estrada, quando lhe deu vontade de verter água. Encostou-se a um paredão pertencente a uma bonita chácara. E quando estava no melhor, apareceu o dono da chácara, de bota e espora, alumiando raiva nos olhos, armado de uma baita espingarda, a perguntar-lhe quem tinha lhe autorizado fazer aquilo ali.
Malasarte disfarçou e respondeu:
- Ah! Meu senhor, desde manhã que estou aqui encostado, sem comer, nem beber, só por causa dos outros.
- Por causa dos outros? Como, assim, por causa dos outros?
- Estou escorando o mundo.
- Ara sô, você está doido!
- Pois é verdade, seô patrão, vinha eu caminhando com meus pensamentos, no meu quieto, mas, quando cheguei neste lugar, me apareceu a figura de um anjo que veio descendo do céu, envolto em luz muito brilhante, que me disse estas palavras:
- Por ordem do senhor Deus o mundo vai acabar à meia-noite de hoje. Imagine o susto que não levei! Mas o anjo me aquietou:
- Há um remédio para se evitar isso: é encontrar alguém que escore este muro, desde este momento até depois da meia-noite. Se é só isso, não tem problema, respondi ao anjo, vou cortar uma estaca...
- Não, não há tempo. Antes de um minuto o muro deve estar escorado. E me empurrou para aqui onde me acho sem poder arredar o pé, pois, se saio, o mundo vem abaixo.
- Deveras! Então, é melhor você escorar bem esse muro.
- Ah! Se o patrão me fizesse o favor de tomar um bocadinho meu lugar enquanto eu vou ali ao mato cortar uma escora para o muro, tudo estará arranjado, mesmo porque se eu ficar aqui por mais tempo, não vou resistir e o mundo virá abaixo. Ninguém escapará, a morte é certa.
O chacareiro pensou e resolveu tomar o lugar de Pedro que prometeu voltar logo com a escora, e até hoje está sendo esperado.
extraído do site: http://recantodasletras.uol.com.br/contos/1022765
Malasarte disfarçou e respondeu:
- Ah! Meu senhor, desde manhã que estou aqui encostado, sem comer, nem beber, só por causa dos outros.
- Por causa dos outros? Como, assim, por causa dos outros?
- Estou escorando o mundo.
- Ara sô, você está doido!
- Pois é verdade, seô patrão, vinha eu caminhando com meus pensamentos, no meu quieto, mas, quando cheguei neste lugar, me apareceu a figura de um anjo que veio descendo do céu, envolto em luz muito brilhante, que me disse estas palavras:
- Por ordem do senhor Deus o mundo vai acabar à meia-noite de hoje. Imagine o susto que não levei! Mas o anjo me aquietou:
- Há um remédio para se evitar isso: é encontrar alguém que escore este muro, desde este momento até depois da meia-noite. Se é só isso, não tem problema, respondi ao anjo, vou cortar uma estaca...
- Não, não há tempo. Antes de um minuto o muro deve estar escorado. E me empurrou para aqui onde me acho sem poder arredar o pé, pois, se saio, o mundo vem abaixo.
- Deveras! Então, é melhor você escorar bem esse muro.
- Ah! Se o patrão me fizesse o favor de tomar um bocadinho meu lugar enquanto eu vou ali ao mato cortar uma escora para o muro, tudo estará arranjado, mesmo porque se eu ficar aqui por mais tempo, não vou resistir e o mundo virá abaixo. Ninguém escapará, a morte é certa.
O chacareiro pensou e resolveu tomar o lugar de Pedro que prometeu voltar logo com a escora, e até hoje está sendo esperado.
extraído do site: http://recantodasletras.uol.com.br/contos/1022765
*O JUIZ E A CARTOLA*
A noite já ia alta e Pedro Malasarte, sem nenhum vintém, procurava um bom lugar para dormir, quando aconteceu dele passar frente a casa de um juiz. Bateu a porta e pediu pousada, dando o nome de tal doutor fulano, que estava de passagem por aquelas terras.
O juiz costumava a chegar tarde, pois ficava até a meia-noite jogando /truco/ com seu compadre e amigos. E vai então que o filho do juiz, na sua simplicidade, mandou entrar o hóspede e, depois de Malasarte comer até se fartar, deu-lhe pousada, no quarto onde o juiz costumava se vestir.
Quando o juiz chegou a casa, o filho lhe contou o que ocorrera e o magistrado ficou muito satisfeito com a hospedagem. Nem por sombras podia imaginar o que ia suceder.
Lá pela madrugada, quase amanhecendo, Malasarte começou a sentir umas coisas na barriga... Procurou o vaso e, não o encontrando, abriu a janela... Mas lá fora havia uma cachorrada, que pegou a latir e foi um barulho de latidos do inferno.
Malasarte estava suando frio. Mas, nisto, avistou na prateleira uma caixa. Abriu; dentro havia uma cartola de feltro. Estava salvo! Tirou a cartola e, fez nela... Bem, vocês já sabem. Depois pôs outra vez, com muito cuidado, a cartola na caixa e, esta, no lugar onde estava.
Nesse tempo, a manhã já rompia e Malasarte quando ouviu o tropel dos criados na casa, tratou de cair fora. Quando vieram chamá-lo para o café, não o encontraram mais.
Na hora do almoço, o Juiz saiu do quarto e foi para o cômodo em que costumava se vestir. Era dia júri. Vestiu a sobrecasaca, e, distraído, tirou da caixa a cartola e num só golpe a enterrou na cabeça. Não deu outra coisa, o Juiz ficou com a cara... digamos, enlameada. Além disso, sentiu um cheiro que quase o sufocou. Começou então a gritar. A família veio em seu socorro, achando que alguma desgraça tinha acontecido.
Ao vê-lo naquele estado, o filho foi buscar um balde de água, a filha sabonete de cheiro e a mulher um frasco de perfume. O Juiz bufava de raiva. Mas Pedro Malasarte já estava longe.
extraído do site: http://recantodasletras.uol.com.br/contos/1064965
O juiz costumava a chegar tarde, pois ficava até a meia-noite jogando /truco/ com seu compadre e amigos. E vai então que o filho do juiz, na sua simplicidade, mandou entrar o hóspede e, depois de Malasarte comer até se fartar, deu-lhe pousada, no quarto onde o juiz costumava se vestir.
Quando o juiz chegou a casa, o filho lhe contou o que ocorrera e o magistrado ficou muito satisfeito com a hospedagem. Nem por sombras podia imaginar o que ia suceder.
Lá pela madrugada, quase amanhecendo, Malasarte começou a sentir umas coisas na barriga... Procurou o vaso e, não o encontrando, abriu a janela... Mas lá fora havia uma cachorrada, que pegou a latir e foi um barulho de latidos do inferno.
Malasarte estava suando frio. Mas, nisto, avistou na prateleira uma caixa. Abriu; dentro havia uma cartola de feltro. Estava salvo! Tirou a cartola e, fez nela... Bem, vocês já sabem. Depois pôs outra vez, com muito cuidado, a cartola na caixa e, esta, no lugar onde estava.
Nesse tempo, a manhã já rompia e Malasarte quando ouviu o tropel dos criados na casa, tratou de cair fora. Quando vieram chamá-lo para o café, não o encontraram mais.
Na hora do almoço, o Juiz saiu do quarto e foi para o cômodo em que costumava se vestir. Era dia júri. Vestiu a sobrecasaca, e, distraído, tirou da caixa a cartola e num só golpe a enterrou na cabeça. Não deu outra coisa, o Juiz ficou com a cara... digamos, enlameada. Além disso, sentiu um cheiro que quase o sufocou. Começou então a gritar. A família veio em seu socorro, achando que alguma desgraça tinha acontecido.
Ao vê-lo naquele estado, o filho foi buscar um balde de água, a filha sabonete de cheiro e a mulher um frasco de perfume. O Juiz bufava de raiva. Mas Pedro Malasarte já estava longe.
extraído do site: http://recantodasletras.uol.com.br/contos/1064965
PROJETO: REESCRITA DE CONTOS DE FADAS
Objetivo didático: Trabalhar com a reescrita de contos de fada, promovendo situações de revisão da linguagem escrita, ortografia e pontuação.
Objetivo compartilhado com as crianças:Produzir um livro de reescritas de contos de fada e uma fita cassete com as histórias recontadas pelo grupo para doar à biblioteca da escola.
Conteúdos / Gostaríamos que os alunos aprendessem a:
*aproximar-se da linguagem escrita desse gênero(contos de fadas);
*adquirir fluência nos recontos;
*de reescritas coletivas, em duplas e individuais, com entusiasmo e prazer, respeitando a opinião e participação dos colegas;
*reescrever contos, considerando a estrutura específica desse gênero lingüístico;
*compreender o propósito comunicativo da ortografia e da pontuação, utilizando com certa autonomia seus recursos (listas de palavras e de regras elaboradas pelas crianças, dicionário);
*revisar seus próprios textos (coletiva e individualmente), utilizando recursos estabelecidos com todo o grupo (asteriscos numerados, bilhetes de revisão e destaque de palavras por cores);
*confeccionar ilustrações para cada conto; refletir sobre a importância de cada etapa da escrita de um livro (sumário, prefácio, apresentação, paginação etc.).
Etapas de Trabalho:
*Escrita de listas de contos de fada conhecidos.
*Seleção dos contos preferidos pela classe.
*Situações de revisão de textos bem escritos.
*Recontos em grupos e, posteriormente, individuais.
*Gravação da fita de recontos (distribuição e divulgação pela escola).
*Reescritas coletivas com revisões.
*Reescritas em duplas.
*Discussões sobre a importância das ilustrações.
*Confecção de ilustrações.
*Reescritas individuais (com roteiro sobre as partes importantes da história).
Objetivo didático: Trabalhar com a reescrita de contos de fada, promovendo situações de revisão da linguagem escrita, ortografia e pontuação.
Objetivo compartilhado com as crianças:Produzir um livro de reescritas de contos de fada e uma fita cassete com as histórias recontadas pelo grupo para doar à biblioteca da escola.
Conteúdos / Gostaríamos que os alunos aprendessem a:
*aproximar-se da linguagem escrita desse gênero(contos de fadas);
*adquirir fluência nos recontos;
*de reescritas coletivas, em duplas e individuais, com entusiasmo e prazer, respeitando a opinião e participação dos colegas;
*reescrever contos, considerando a estrutura específica desse gênero lingüístico;
*compreender o propósito comunicativo da ortografia e da pontuação, utilizando com certa autonomia seus recursos (listas de palavras e de regras elaboradas pelas crianças, dicionário);
*revisar seus próprios textos (coletiva e individualmente), utilizando recursos estabelecidos com todo o grupo (asteriscos numerados, bilhetes de revisão e destaque de palavras por cores);
*confeccionar ilustrações para cada conto; refletir sobre a importância de cada etapa da escrita de um livro (sumário, prefácio, apresentação, paginação etc.).
Etapas de Trabalho:
*Escrita de listas de contos de fada conhecidos.
*Seleção dos contos preferidos pela classe.
*Situações de revisão de textos bem escritos.
*Recontos em grupos e, posteriormente, individuais.
*Gravação da fita de recontos (distribuição e divulgação pela escola).
*Reescritas coletivas com revisões.
*Reescritas em duplas.
*Discussões sobre a importância das ilustrações.
*Confecção de ilustrações.
*Reescritas individuais (com roteiro sobre as partes importantes da história).
OS ENVELOPES
Numa caixa há 21 envelopes fechados.
Dentro de 7 deles há uma nota de R$50,00 e dentro de outros 7 uma nota de R$100,00.
Sete envelopes estão vazios.
Como efetuar a distribuição dos 21 envelopes entre 3 pessoas de modo que cada uma receba a mesma quantia em dinheiro e o mesmo número de envelopes?
A rã e o escorpião
Existe uma história, contada à muitos anos que dizia:
Era uma vez um escorpião que se deparou com um rio... precisava se deslocar para a outra margem, mas não tinha como, não sabia nadar. Encontrou uma rã, à qual decidiu pedir ajuda: - Podes transportar-me até à outra margem?? preciso de lá chegar!. A rã responde: - mas tu és um escorpião, como posso confiar em ti? O escorpião responde: - Podes confiar, nada te acontecerá, preciso de ti para chegar à outra margem.
A rã decidiu confiar e o escorpião saltou para as suas costas e lá foram para a outra margem. A meio da viagem o escorpião espeta a sua cauda na rã. A rã pergunta: - Porque fizeste isto? O escorpião responde: - Está na minha natureza, sou assim... agora morremos os dois.
É queridos amigos!! Quantas vezes conhecemos pessoas assim como o escorpião que estão atrás de nós só por interesse ou o que é pior não podem ser humanas o suficiente para retribuir uma ajuda e preferem denegrir o outro. Pois bem, que possamos refletir se somos a rã ou o escorpião e mudar aquilo que precisamos.
Um forte abraço!!
Comentem!!
Era uma vez um escorpião que se deparou com um rio... precisava se deslocar para a outra margem, mas não tinha como, não sabia nadar. Encontrou uma rã, à qual decidiu pedir ajuda: - Podes transportar-me até à outra margem?? preciso de lá chegar!. A rã responde: - mas tu és um escorpião, como posso confiar em ti? O escorpião responde: - Podes confiar, nada te acontecerá, preciso de ti para chegar à outra margem.
A rã decidiu confiar e o escorpião saltou para as suas costas e lá foram para a outra margem. A meio da viagem o escorpião espeta a sua cauda na rã. A rã pergunta: - Porque fizeste isto? O escorpião responde: - Está na minha natureza, sou assim... agora morremos os dois.
É queridos amigos!! Quantas vezes conhecemos pessoas assim como o escorpião que estão atrás de nós só por interesse ou o que é pior não podem ser humanas o suficiente para retribuir uma ajuda e preferem denegrir o outro. Pois bem, que possamos refletir se somos a rã ou o escorpião e mudar aquilo que precisamos.
Um forte abraço!!
Comentem!!
Deixe a raiva secar
Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Julia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manhã. Julia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Esta vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Julia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou:
- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois e, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha. Era Julia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa.
Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar história do vestido novo que havia sujado de barro.
É caros amigos!! A raiva, o descontrole, não leva ser humano a lugar algum. Devemos sempre tentar resolver os problemas da vida com calma, até para que não sejamos injustos muitas vezes não ouvindo o que o outro tem a nos dizer. Que possamos respirar fundo e agir pacificamente em nossa vida!!
Um forte abraço!!
Comentem!!!
Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manhã. Julia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Esta vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Julia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou:
- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois e, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha. Era Julia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa.
Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar história do vestido novo que havia sujado de barro.
É caros amigos!! A raiva, o descontrole, não leva ser humano a lugar algum. Devemos sempre tentar resolver os problemas da vida com calma, até para que não sejamos injustos muitas vezes não ouvindo o que o outro tem a nos dizer. Que possamos respirar fundo e agir pacificamente em nossa vida!!
Um forte abraço!!
Comentem!!!
minha parte não fará falta!!!
Havia um pequeno vilarejo que se dedicava à produção de vinho. Uma vez por ano, acontecia uma grande festa para comemorar o sucesso da colheita. A tradição exigia que, nessa festa, cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho para colocar dentro de um grande barril que ficava na praça central.
Um dos moradores pensou: "Por que deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei água, pois, no meio de tanto vinho, o meu não fará falta".
Assim pensou e assim fez. Conforme o costume, em determinado momento, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca para provar aquele vinho cuja fama se estendia muito além das fronteiras do país. Contudo, ao abrir a torneira, absoluto silêncio tomou conta da multidão. Do barril saiu apenas água! "A ausência da minha parte não fará falta", foi o pensamento de cada um dos produtores.
É amigos!! Jamais pense que sua parte não fará falta, porque se todos pensarem assim a humanidade estará perdida. Faça a sua parte, somente assim poderemos melhorar tantos pontos falhos existentes em nosso mundo.
Um forte abraço!!
Comentem!!
Um dos moradores pensou: "Por que deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei água, pois, no meio de tanto vinho, o meu não fará falta".
Assim pensou e assim fez. Conforme o costume, em determinado momento, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca para provar aquele vinho cuja fama se estendia muito além das fronteiras do país. Contudo, ao abrir a torneira, absoluto silêncio tomou conta da multidão. Do barril saiu apenas água! "A ausência da minha parte não fará falta", foi o pensamento de cada um dos produtores.
É amigos!! Jamais pense que sua parte não fará falta, porque se todos pensarem assim a humanidade estará perdida. Faça a sua parte, somente assim poderemos melhorar tantos pontos falhos existentes em nosso mundo.
Um forte abraço!!
Comentem!!
Assinar:
Postagens (Atom)