ATENÇÃO
Na teia de aranha dos fatos, muitas verdades são estranguladas. Paul Eldridge.
Leia UMA ÚNICA vez o texto da história abaixo e, numa folha de papel, anote Verdadeiro (V) ou Falso (F) para cada uma das perguntas logo a seguir. Depois, escreva suas respostas no espaço destinado aos comentários deste post. As respostas certas estão aqui, com meu comentário.
- HISTÓRIA:
Um negociante acaba de acender as luzes de uma loja de calçados, quando surge um homem pedindo dinheiro. O proprietário abre uma máquina registradora. O conteúdo da máquina registradora é retirado e o homem corre. Um membro da polícia é imediatamente avisado.
- Um homem apareceu assim que o proprietário acendeu as luzes de sua loja de calçados…(V)…(F)
- Um ladrão foi um homem…(V)…(F)
- O homem não pediu dinheiro…(V)…(F)
- O homem que abriu a máquina registradora era o proprietário…(V)…(F)
- O proprietário da loja de calçados retirou o conteúdo da máquina registradora e fugiu…(V)…(F)
- Alguém abriu a máquina registradora…(V)…(F)
- Depois que o homem que pediu dinheiro apanhou o conteúdo da máquina registradora, fugiu…(V)…(F)
- Embora houvesse dinheiro na máquina registradora a história não diz a quantidade…(V)…(F)
- O ladrão pediu dinheiro ao proprietário…(V)…(F)
- A história registra uma série de acontecimentos que envolvem três pessoas: o proprietário, um homem que pediu dinheiro e um membro da polícia…(V)…(F)
- Os seguintes acontecimentos da história são verdadeiros: alguém pediu dinheiro; uma máquina registradora foi aberta; seu dinheiro foi retirado e um homem corre…(V)…(F)
Veja abaixo as respostas, mas ATENÇÃO, apenas prossiga se você já leu o post acima!!!!!!!!
As respostas certas para este “teste” são: a rigor, apenas a quarta e a sexta afirmação são verdadeiras. As demais são falsas premissas – são afirmações que levam ou induzem à dedução errada. Duvida? Leia os comentários:
- Foi um negociante que acendeu as luzes da loja, mas não há menção se este negociante é o proprietário da loja. Pode ser um funcionário. Falsa.
- Não há afirmação que houve um roubo. E, portanto, não se pode dizer que existiu um “ladrão”… Falsa.
- Essa é fácil: “quando surge um homem pedindo dinheiro“, diz a história: portanto a afirmação é falsa.
- Verdadeiro pois o texto mesmo afirma que: “O proprietário abre uma máquina registradora“.
- Falso. O texto não diz quem tirou o que havia na caixa registradora. Nem mesmo se era dinheiro…
- Verdadeiro. Exato: alguém (o proprietário) abriu a máquina registradora.
- Falso: não há como afirmar que foi o homem que retirou o dinheiro da máquina registradora (nem mesmo se havia dinheiro, lembra?) e que ele tenha fugido (diz que ele … correu apenas.)
- Falso. É uma meia-verdade: a história não diz a quantidade, certo. Mas não diz que havia dinheiro…
- Falso. Alguém falou em…ladrão?
- Falso. Essa é fácil: conte quantas pessoas foram mencionandas… foram quatro, não é mesmo?
- Falso. Novamente não há como afirmar que havia dinheiro na caixa registradora…
- Quantas você acertou? Não se surpreenda: não é tão fácil acertar todas. Sabe por que? Porque temos uma tendência natural de pressupor o todo olhando apenas uma parte. E você sabe do que estou falando – quantas vezes sua “certeza” foi por água abaixo, justamente depois de você ter prestado mais atenção aos detalhes de um evento?
- Em negociação, vendas e atendimento a clientes, a pressuposição induz ao erro. Achamos que o cliente está satisfeito, achamos que a negociação está bem encaminhada e achamos que aquela venda vai ser nossa: qual o tamanho da decepção depois?
- Antes de pressupor, portanto, examine tudo o que estiver ao seu alcance e pense antes de agir: quando você achar alguma coisa, saiba que essa “coisa” ou tem dono ou “tá” podre…
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