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7 de ago. de 2017

Uma história de assombração

Olá meus queridos!!! Passeando pela net, buscando textos para ler a meus aluninhos, encontrei no blog amiga da educação da professora Joelma Couto esse texto que achei muito bacana...

UMA HISTÓRIA DE ASSOMBRAÇÃO

Próximo à praça da igreja de Nossa Senhora do Amparo, no vilarejo de Matias do Norte, existe uma casa imponente, antiga, fechada há vários anos e com fama de mal-assombrada. Na cidade, dizem que nela mora uma alma penada que vaga pelos cômodos vazios e empoeirados do casarão. O espectro - segundo alguns moradores do lugar -  é visto em noites de lua cheia, quando o luar invade o local através das enormes janelas corroídas pelo tempo, deterioradas pelas tempestades. Nessas noites, ouvem-se sons de correntes, coisas que se quebram, sinos que tocam, gemidos, sussurros, sem falar no barulho de passos apressados estalando no velho piso de madeira. Numa cavidade, no alto da fachada, há uma silhueta disforme que faz lembrar aos mais antigos moradores de Matias do Norte a primeira dona do casarão, falecida misteriosamente há mais de meio século. Tal detalhe, aliado aos demais aspectos, torna aquele lugar mais sinistro e apavorante.
Ninguém ousa passar por lá, especialmente quando escurece.
Numa noite, por volta das 11 horas, um vendedor ambulante, desconhecendo o que diziam do macabro casarão, passou por ele tranquilamente à procura de uma hospedaria. Um ruído estranho o fez voltar-se em sua direção. A tênue luz de um poste, situado bem em frente à entrada principal, tornou possível aquela visão horripilante.
- Minha nossa! Credo! O que é isso?!
Aterrorizado, constatou que a tal figura se mexia para a frente e para trás, de um lado para outro. De olhos arregalados, o homem fez o sinal-da-cruz e tratou de apressar os passos, rumo à hospedaria.
No dia seguinte, contou o que vira para os que encontrava. O fato passou a ser tema de todas as conversas. E... como quem conta um conto aumenta um ponto, já se falava das gargalhadas e no bater de mandíbulas de uma certa cabeça desencarnada.
À noite, sem parar de pensar no ocorrido, desafiando a si próprio e disposto à desvendar o mistério, resolveu voltar ao local, levando uma escada e um porrete.
Estava a poucos metros da funesta casa e já podia ouvir os sons horripilantes. Mesmo assim, não desistiu. Aproximou-se ainda mais, apoiou a escada na fachada e subiu, degrau por degrau. Quanto mais se aproximava, mais evidente ficavam os movimentos daquela silhueta. Agora, ouvia guinchos agudos. Seu coração disparou, parecia que ia sair pela boca. Com as pernas trêmulas, continuou a escalada até ficar cara a cara com o que poderia ser os restos mortais de uma certa senhora, que, sem paz, se recusava abandonar o mundo dos vivos. Apelou para o que restava de coragem e, devagar, cutucou-o com o porrete.
Então se desfez o mistério: debaixo daquela velha escultura danificada pelo tempo, saiu uma enorme ratazana, que, apavorada, pulou do nicho e se perdeu na escuridão.
O enigma da silhueta teve fim. Mas quanto às visões e aos ruídos fúnebres da sinistra casa, esses, sim, vão continuar até que outra pessoa se encarregue de desvendá-los.

Um comentário:

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