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Teatro na escola (um curumim no sítio do pica pau amarelo)


UM CURUMIM NO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO (Texto de Teatro)

UM CURUMIM NO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO
Texto Adaptado: Marcondys França


DONA BENTA
NASTÁCIA
EMÍLIA
VISCONDE
PEDRINHO
NARIZINHO
CURUMIM
SACI
CUCA
FADA

CENA I
(Entra o Saci afobado)
CUCA: - (Se admirando) Há espelho! Espelho... Há coisa mais linda por todo pântano? Não! Claro que não.
SACI: - Prima... Prima...
CUCA: - Ah, que susto! Saci. Que escândalo é esse?
SACI: - Acabo de vim da floresta.
CUCA: - Que novidade! Como se eu não soubesse.
SACI: - Mas trago boas novas. Tenho certeza que o tenho para lhe dizer vai te agradar.
CUCA: - Se for sobre suas travessuras na mata, pouco me importa.
SACI: - Seu plano mirabolante deu certo.
CUCA: - Qual? Sou tão inteligente, e com tantas idéias...
SACI: - Enfim, vão construir a barragens perto da aldeia dos curumins.
CUCA: - Que maravilha! Então, logo toda região se tornará um escuro e fedido pântano!
SACI: - É isso ai prima!
CUCA: - Então vamos comemorar! (Música)
CENA II
DONA BENTA: - Anastácia! Anastácia...
NASTÁCIA: - Que foi Sinhá?
DONA BENTA: - Veja. ( Com a carta na mão) Tenho boas novas!
NASTÁCIA: - Notícias?
DONA BENTA: - Narizinho e Pedrinho chegam hoje.
NASTÁCIA: - Que maravilha, Sinhá. Tenho que preparar algo muito gostoso para as crianças.
DONA BENTA: - Que tal aquele delicioso bolo de pé de moleque que só você sabe fazer?...
NASTÁCIA: - É uma boa idéia Sinhá. Deixa eu correr mode fazê logo. Tenho certeza que Narizinho e Pedrinho vão chegar com uma fome de leão.
DONA BENTA: - Vá sim. Está féria aqui no Sítio do Pica-pau Amarelo será inesquecível!
CENA III
PEDRINHO: - Estamos no sítio!
NARIZINHO: - Não vejo a hora de abraça a vovó Benta.
PEDRINHO: - E eu de experimentar as delícias preparadas pela tia Nastácia.
NARIZINHO: - Então vamos entrar. Já posso sentir o cheiro de longe.
DONA BENTA: - Meus queridos!
CRIANÇA: - Vovó!
DONA BENTA: - Que alegria! Lúcia e Pedro é muito bom tê-los aqui no sítio. Hoje é o dia mais feliz da minha vida.
NARIZINHO: - Feliz estamos nós vovó.
PEDRINHO: - Não víamos á hora de chegar as férias e correr para o sítio.
NARIZINHO: - E tia Nastácia?
DONA BENTA: - Anastácia?
ANASTÁCIA: - que é Sinhá?
DONA BENTA: - Veja. Chegaram!
NASTÁCIA: - Que bom Sinhá. Hum, preparei um lanche daqui ó...
PEDRINHO: - Sentimos o cheirinho gostoso do seu bolo a quilômetros.
NARIZINHO: - Lanche como os seus não há!
DONA BENTA: - Então vamos entrar. Quero que me contem todas as novidades.
CENA IV
CURUMIM: - Enfim uma casa. Mas que lugar é esse? Hum! Que cheirinho bom. É melhor não deixar que percebam minha presença. (Sai)
CENA V
NASTÁCIA: - Nesta caixa está um pequeno mimo que fiz pra você Narizinho.
NARIZINHO: - Um presente? Que é? Adoro!
DONA BENTA: - Abra Narizinho.
NARIZINHO: - É uma boneca. É linda!
ANASTÁCIA: - Que bom que gostou! Fiz com muito carinho.
NARIZINHO: - Adorei! Obriga tia Nastácia. Vai se chamar Emília. Agora estamos empatados. Pedrinho tem o Visconde de Sabugosa e eu tenho a Emília.
DONA BENTA: - Crianças... Agora vão fazer um lanche e depois irão para cama. Fizeram uma longa viagem e precisam descansar.
PEDRINHO: - É... Tenho muito que explorar. Aventuras aqui estou eu!
DONA BENTA: - Claro. Poderá viver as aventuras que desejam... Mas só amanhã.
NARIZINHO: - Vovó será que dá pra senhora contar uma história antes da gente dormir?
DONA BENTA: - Claro, meus queridos. (Saem)
CENA VI
(Entra a fada e joga o pó de pirlimpimpim em Emília. “Música”)
FADA: - Com esse pó de pirlim pimpim você ganhará vida. (Joga o pó) E com essa pílula falante do estoque do doutor Caramujo, você irá falar. Está pronta!
EMÍLIA: - Tô falando! Posso falar. É... Até posso cantar. Ninguém vai acreditar. Eu posso falar. (Entra Anastácia)
ANASTÁCIA: - Narizinho?
EMÍLIA: - Que narizinho que nada.
ANASTÁCIA: - Hê, He! Ave Maria! Valei-me Deus... Mas que assombro é esse?
EMÍLIA: - Que assombro que nada! Não vê que sou eu? Emília.
NASTÁCIA: - Vala-me Deus! Que espanto é esse?
EMÍLIA: - Espanto coisa alguma! Apenas uma boneca falante.
NASTÁCIA: - Onde já se viu?!
EMÍLIA: - Aqui mesmo! Bem aqui, no Sítio do Pica Pau Amarelo. Onde tudo é possível!
NASTÁCIA: - Hem, hem! Virge santíssima! A boneca tá possuída.
EMÍLIA: - É ruim hein!? Eu possuída. Só o que faltava. BUUUUUUUU! (Assusta)
NASTÁCIA: - Sinhá! Sinhá... (Sai Correndo)
EMÍLIA: -Eu hein! Que deu nela? Nossa... De repente me deu uma vontade de cantar
(Entra o Saci)
SACI: - Carambola! Que tá acontecendo por aqui? Uma boneca falante. A prima tem que ficar sabendo disso. Ei, onde foi parar aquele curumim? (Sai)
CENA VII
(Tia Nastácia entra e coloca uma bandeja cheia de bolinhos na mesa. Sai. Curumim entra com cuidado para não ser visto, pega os bolinhos e sai)
DONA BENTA: - Não é possível! Isso é muito estranhos. Coisa desse tipo nunca aconteceu aqui no sítio.
PEDRINHO: - Tenho toda certeza que vi a bandeja cheia de bolinhos bem aqui.
NARIZINHO: - Também vi. Estavam ai agorinha mesmo.
DONA BENTA: - Nada some assim, do nada.
NAStÁCIA: - (Entra assustada) Sinhá... Sinhá...
DONA BENTA: - Que foi Nastácia? Está branca feito cera.
NASTÁCIA: - Se eu disser a Sinhá não vai acreditar.
PEDRINHO: - E não disser a vovó nunca saberá.
NASTÁCIA: - A boneca Emília.
NARIZINHO: - Que tem Emília? Não vai dizer que também sumiu!
NASTÁCIA: - Pior que isso. Primeiro pensei que fosse coisa da minha cabeça. Mas agora...? Venham... Venham vê. (Saem)
CENA VIII
(Visconde esta sentado lendo um livro. Entra Emília)
EMÍLIA: - Você deve ser o talzinho... Visconde Sabugosa!
VISCONDE - Isto mesmo. Sou o Visconde Sabugosa.
EMÍLIA: - Então a fada também te fez uma visitinha?!
VISCONDE – Correto. E você é Emília a boneca atrevida. Perdão! A boneca falante.
EMÍLIA: - Atrevida fica por sua conta. Sou a boneca mais incrível do mundo!
VISCONDE – Não acha que tomou pílulas falantes demais?
EMÍLIA: - Não. Você que tomou de menos. Ao contrário de você Visconde, eu nasci para brilhar! VISCONDE – Não seria para falar!? (Entra todos)
NASTÁCIA: - Vejam com seu próprios olhos! Estão falando.
PEDRINHO: - Que bacana!
NARIZINHO: - Que Legal!
EMÍLIA: - Que foi Dona Benta? Nunca viu uma boneca?
DONA BENTA: - Boneca, já vi. Mas, que fala, não.
EMÍLIA: - Agora está vendo e ouvindo.
PEDRINHO: - E você também sabe lê?
VISCONDE – Não só sei lê como conheço todas as enciclopédias do mundo. Afinal, vivi toda minha existência dentro de uma biblioteca.
NARIZINHO: - Que barato!
EMÍLIA: - Barato é marido da barata!
NASTÁCIA: - Só pode ser coisa do tinhoso.
FADA: – Engano seu minha cara Nastácia. É mágica. Apenas mágica. Antes que me perguntem. Sou a fada Cristal. Não sou do mundo real. Mas tenho aqui uma missão...
PEDRINHO: - Que missão?
FADA: - É segredo. No tempo certo vocês saberão. Até breve! (Sai)
EMÍLIA: - Ah, se foi. Pelo que estou sabendo temos um mistério para resolver.
DONA BENTA: - Mistério?
PEDRINHO: - É verdade. Temos que descobrir onde foram parar os deliciosos bolinhos da tia Nastácia.
NASTÁCIA: - É tanta coisa aconteceno ao mesmo tempo, que to até zonza!
NARIZINHO: - Como descobriremos?
VISCONDE -
EMÍLIA: -(Para Visconde) Você não é o sabichão? Já leu todos os livros do mundo! Então, deve saber como resolver este grande mistério.
VISCONDE – Bem lembrado Emília. Para todas as perguntas há uma resposta, e quanto mais lemos, mais perguntas sabemos responder. (Pega um livro) Aqui. Eu sabia!
DONA BENTA: - O que?
PEDRINHO: - Vamos fazer uma armadilha.
VISCONDE – Mas para isso precisamos de uma isca.
NARIZINHO: - Basta apenas fazer bolinhos e deixar no mesmo lugar.
NASTÁCIA: - O sapeca vai tentar pegar os bolinhos...
VISCONDE: - E com uma rede prendemos ele.
DONA BENTA: - Então vamos logo por esse plano em prática.
NASTÁCIA: - Sinhá, vou preparar mais bolinhos.
PEDRINHO: - Eu e o visconde vamos preparar a rede.
EMÍLIA: - Eu e Narizinho vamos preparar uma armadilha surpresa.
PEDRINHO: - Armadilha surpresa?
EMÍLIA: - É. Coisa de meninas. (Para Visconde) Pensou que só você tem boas idéias?!
DONA BENTA: - Então vamos logo. (Saem)
CENA IX
(Nastácia põe os bolinhos no mesmo lugar de antes. Curumim entra e pega vários, quando está saindo, Emília e narizinho estica a corda, ele tropeça e vai direto na rede preparada por Visconde e Pedrinho)
EMÍLIA: - Pegamos!
NASTÁCIA: - Ah, danadinho!
CURUMIM: - Por favor, não me façam nenhum mau.
DONA BENTA: - Quem é você?
CURUMIM: - Sou Curumim. Sou da tribo Tupi.
VISCONDE – E o que um Curumim da tribo Tupi faz aqui no sítio?
CURUMIM: - Vim em busca de ajuda para meu povo.
NARIZINHO: - Seu povo está em perigo?
CURUMIM: - Minha tribo está preste a sumir di mapa.
EMÍLIA: - Por que?
CURUMIM: - Vão construir uma barragem e logo toda aldeia será inundada.
PEDRINHO: - Isso é horrível!
NARIZINHO: - Não podem fazer isso.
CURUMIM: - Não só podem como vão fazer. Meu povo será obrigado a deixar suas ocas e assim aos poucos deixaremos de existir.
NASTÁCIA: - Que gente cruel!
EMÍLIA: - Tem que haver um jeito de impedir estes mal feitores.
DONA BENTA: - Visconde, sabe de alguma forma de impedir que isto aconteça?
VISCONDE – Bom, preciso consultar um dos meus livros de direitos...
PEDRINHO: - Aqui está Visconde.
VISCONDE – Deixa eu vê. Aqui. (Lê) Achei. Temos uma chance.
EMÍLIA: - Qual?
VISCONDE – Se juntarmos mais de um milhão de assinaturas pela preservação da área onde se encontra a aldeia, a assembléia não poderá ignorar.
EMÍLIA: - Então vamos começar a colher estas assinaturas o quanto antes.
NARIZINHO: - Então o que estamos esperando?
PEDRINHO: - Vamos utilizar todos os meios: Carta, internet, porta a porta...
NARIZINHO: - Vamos mover toda sociedade.
DONA BENTA: - Eu e Anastácia vamos para a cidade. Lá conhecemos muita gente.
NASTÁCIA: - É isso aí Sinhá.
EMÍLIA: - Então vamos! O que estão esperando? Mãos a obra! Temos muito que fazer. (Saem)
CENA X
CUCA: - Maldição! Não pode ser... Se eles conseguirem estas benditas assinaturas tudo estará perdido!
SACI: - Que foi prima? Que tanto resmunga?
CUCA: - Aquela branquela fadinha! Vai estragar tudo.
SACI: - Se quiser posso atrapalhar! A prima sabe que posso.
CUCA: - Não pode. Estão protegidos por mágica. Graças aquela fada intrometida.
SACI: - Mas está tudo certo. Logo aquela aldeia vai virar um grande pântano!
CUCA: - Não mais. Graças aquela fadinha de meia tigela. Não poderei desfilar exibindo a minha beleza naquele tão desejado pântano.
SACI: - E agora prima?
CUCA: - Agora vou planejar a minha vingança. Afinal, sou a Cuca. É a Cuca. (Sai)
SACI: - Hei, espera por mim... (Sai)
CENA XI
FADA: - Esta era minha missão, participar desse ato de bondade de todos vocês em ajudar a Curumim a salvar sua aldeia. Agora já posso voltar á terra da magia e não mais serei uma fada estagiária. Agora recebei a minha varinha de condon. Sempre que precisarem, estarei por perto.
CURUMIM: - Dona Benta, Tia Nastácia, Narizinho, Pedrinho, Emília e Visconde... Mim querer agradecer o que vocês fizeram pela minha tribo. E a forma que encontramos agradecer por tudo é dançando. É o que chamamos de poraces. A nossa dança da gratidão. (Música)

F I M

3 comentários:

  1. Posso usar seu texto para encenar com meus alunos???

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    1. Muito bom dia!!!

      Sinta-se à vontade ao utilizar qualquer material daqui do nosso espaço. Um dia ele foi meu, hoje ele é nosso!!!

      Um super beijo da Dani

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  2. Posso usar seu texto para encenar com meus alunos???

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