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22 de jan. de 2012

UM CORPO NA ESTRADA


UM CORPO NA ESTRADA – PARTE I

A noite fria é, para lguns,convidativa para o amor, mas para outros, prenuncio de medo e temores. Maria Augusta é dona de casa devotada, esforçada para atender a todas as exigências do marido, jovem como ela, mas já apresentando os sinais do tipo de vida a que iria oerecer para a esposa. Ele bebe,faz pegas com os amigos usando a caminhonete do pai, e ela lhe jura que muitas veem lhe soprar no ouvido que ele a trai, mas ela faz que não nota.
Moram no interior, na chácara do pai dela, mas todos percebem que ela não é feliz.
Maria Augusta bem que gostaria que o marido arranjasse um lugar mais populoso para que fizessem moradia. Ainda por auelas estradas já lhe davamedodurante o dia, e a noite era pior ainda.
Naquela noite de julho ela esta voltando da casa dos pais, que fica a dois KM a sua. Maria tem medo, mas precisava visitar a mãe. Como o pai não está ela tee que voltar sozinha. A estrada é de terra, cercada por árvores cuja copa cobe o trajeto, criando um clima sombrio de muita escuridão. Ela apressa o passo, rezando para que o marido apareça do nada, que tenha adivinhado eu ela precisa dele, mas sabe que isso não ocorrerá.
Em certa altura do trajeto, ela vê o que parece um vulto se esgueirando na mata e seu sangue gela. Sabe que perto dali existe uma área com chalés que são alugados nessa época do ano, mas há um divisa evidente que impede à passagem de uma área a outra. Existe um trecho dessa divisa que não é bloqueado mas algo diz a ela que não é nenhum hóspede perdido.
Os passos dela são nesse momento, contidos, como que idecisa se prossegue ou faz a volta e sai correndo. Procura o terço pendurado em seu peito e inicia uma oração desesperada. Pensa em fazer um contorno em meio as árvores para escapar daquele trecho, mas está indecisa demais, e teme que outro perigo a surpreenda. Pensa em dar a volta e ir se refugiar com a mãe, mas resolve reunir coragem e prosseguir.
É quando ela vê um corpo deitado no chão, distante dela uns 30 metros. Consegue distinguir as pernas e os braços abertos. Maria para no meio da estrada sem saber se volta ou se vai até o corpo oferecer ajuda. Pressionando o terço desesperadamente, ela dá passos contidos, praticamente arrastando os pés. Mais próxima, ela percebe que é uma  moça, os cabelos estão esparramados, mas há algo errado com o corpo, que faz Maria estremecer ainda mais. A moça parece estar virada para cima, mas a cabeça não parece estar de acordo com o resto. Quando ela está bem próxima, percebe exatamente o que aconteceu, e dá um grito agudo…

AVELINO SANTOS

UM CORPO NA ESTRADA - FINAL
Uma descarga de adrenalina lhe faz dar as costas e correr, para a mãe, para o marido, para qualquer lugar. Naquele momento, ela não raciocina, não sabe aonde vai conseguir refúgio, só sabe que está correndo. Mas a noite é escura, e a cabeça prega peças. Ela não vê mais a estrada, somente as árvores e arbustos fechados. Ela olha para todos os lados, e para por uns minutos para pensar. É nesse momento em que ela se dá conta que não seguiu nenhum rumo aonde pudesse encontrar abrigo. Lamenta sua falta de atenção e procura voltar pelo caminho que seguiu para encontrar a estrada.
Mas por mais que ande, não encontra nada. Não se lembra se aquela floresta era tão extensa ou se ela está fora de si. Está exausta, e sua rota de fuga não tem mais fim.
Maria Augusta para e se concentra: por que caminho veio? Não se lembrava daquelas árvores, nem de nada que estava encontrando pelo caminho. Por que não conseguia achar a estrada? Procurando manter a calma, ela caminhou devagar, sem rumo. Pareceu-lhe que por alguns instantes a floresta estava menos densa e perigosa. Depois de rodar horas em círculos, chegou exausta a estrada, em uma altura próxima a da sua casa.
Ela caminhou vagarosamente até próximo a entrada da propriedade, e quando pode avistar a varanda, viu que algo estava diferente: a casa estava com outra cor, e até seu jardim havia mudado. Quem mexeu? E por que esperou ela ir até a mãe para fazê-lo?
Mas não foi só isso que ela notou. Havia uma mulher, abraçada ao seu marido, e sua filha próxima a eles. O que estava acontecendo? Por que sua filha estava tão diferente?
Um desespero tomou conta de Maria Augusta, que deu as costas e correu pela estrada, para voltar para a casa da mãe e procurar uma explicação. Sua meste estava confusa, sentia que havia algo que ela devia lembrar. Maria Augusta chegou ao corpo que estava deitado na estrada, e se aproximou para ver o rosto. Tentou divisar suas feições, mas não foi possível, ela lhe pareceu irreconhecível. Um choque se apossou dela quando percebeu que o corpo usava seus brincos, sua aliança, e se parecia demais com ela.
Desesperada, ela correu para a floresta, e andou a esmo. Sua mente voou para longe daquele lugar, para continuar iludindo a si mesma. Não reconhecia sua própria morte, e ignorava o fato de que a vida continuou, seu marido arranjou outra esposa, outra mãe para os filhos. Maria Augusta é um espírito atormentado que revia os familiares em seus desvaneios, e seguia se enganando, como em vida.
Avelino Santos


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